1 de março de 2013

Terra da Gente Paraíba Digitalizado

Terra da Gente Paraíba

O meu livro Terra da Gente Paraíba foi digitalizado e com a tecnologia Flip é possível ser visualizado por todos, como se estivesse folheando um livro de verdade, com a passagem das páginas. Quem se interessar em adquirir uma cópia do e-book é só entrar em contato, para acertar os detalhes de pagamento. Depois de confirmado o pagamento, será enviada uma senha para baixar o livro. O livro Terra da Gente Paraíba foi publicado em 2006 e teve uma tiragem de 1.000 exemplares, que se esgotaram rapidamente. Não será feita uma nova edição impressa, como muitos pedem. Além do custo das gráficas, altíssimo, estou direcionando todos os meus esforços para a produção do livro e filme, Cana Fogo e Bagaço. Para ver o livro, com o recurso de passar as páginas, clique no link em cima da imagem da capa do livro.

25 de abril de 2012

O Enquadramento

As linhas imaginárias ao se cruzarem, orientam a composição ideal.
Várias câmeras digitais, possuem visor com a grade para orientação.
Fotografia, não é tiro ao alvo, nem a câmera fotográfica é um rifle! Evite fazer fotos, onde o assunto esteja enquadrado exatamente no centro do visor de sua câmera. Isso resulta em uma imagem sem graça, pois não existe um ponto de interesse na imagem. Por que será, que existe essa tendência de centralizar o assunto no visor da câmera? Durante muitos e muitos anos, foi difundido esse terrível procedimento, pelos fabricantes de câmeras e filmes, para evitar o corte acidental, principalmente nos retratos de pessoas. Naquela época o visor das câmeras não eram lá muito exatos e o que voçê visualizava, nem sempre correspondia ao resultado da foto copiada no papel. Era comum, o corte indesejado, degolando pessoas ou desaparecendo com detalhes importantes da composição fotográfica. Isso se devia ao famoso, "Erro de Paralaxe", provocado pelas posições diferentes, entre o visor e as objetivas das câmeras fotográficas, da época. Com o advento das câmeras, com a visualização  através da objetiva, esse problema foi solucionado, mas, as pessoas ainda insistiam em enquadrar as suas fotos, de forma condicionada, como lhes fora ensinado: como quem pratica tiro ao alvo. Na mosca!
Uma fotografia composta com pontos de interesse em excesso, também acaba por não atrair a atenção para nenhum deles. Por isso uma composição mais simples é muitas vezes mais eficiente, para transmitir uma idéia ou sensação agradável, do que uma panorâmica confusa que mostra tudo (numa paisagem), sem realçar nada. A seleção consciente daquilo que se vai incluir numa fotografia é um passo fundamental para obter um bom resultado. O fotógrafo tem que ser capaz de organizar aquilo que quer mostrar, na suas fotos. Uma forma prática, de resolver o enquadramento, é dividir (mentalmente), o quadro em duas linhas verticais e duas horizontais, em espaços iguais, formando uma espécie de grade. Nos cruzamentos dessas linhas verticais e horizontais, se encontra o melhor ponto de interesse do assunto fotografado. Esse cruzamento das linhas, é chamado de Ponto Áureo, ou Regra dos Terços. Isso, é conhecido desde tempos imemoriais, pelos artistas, pintores e desenhistas, para estabelecer uma boa composição do quadro, chamando a atenção do olhar do observador, para um determinado ponto da imagem. 
Então, se você se depara com uma paisagem, onde podem ser encontrados animais pastando no campo e você considera que isso é importante na composição, coloque os animais em um dos cruzamentos imaginários das linhas verticais e horizontais. Experimente fotografar o mesmo assunto, colocando os mesmo animais no centro do quadro e compare os resultados. Você vai perceber que a foto utilizando a regra dos terços, é bem mais interessante e dinâmica.
A escolha da objetiva também é importante, pois ela determina a perspectiva da fotografia: as objetivas de grande angular aumentam as distâncias aparentes e as teleobjetivas reduzem-nas. Todas as câmeras digitais dispõem do recurso do zoom, que proporciona a aproximação (teleobjetiva), ou o afastamento (grande angular), da cena. A rigor, as lentes zoom, são várias lentes em uma só. É preciso escolher a distância focal, com critério. Se você pode se aproximar do assunto, melhor! Se não, use a zoom, até poder encontrar o enquadramento correto, eliminando da composição da sua foto, os 
elementos que lhe pareçam  desnecessários.
Em seguida, há que escolher o local ou posição, a partir de onde se fotografa. Qual será o melhor ponto de vista, ao nível dos olhos, da cintura ou junto ao chão? Depende do que você quer mostrar e qual elemento da fotografia, você quer destacar. Uma fotografia do mar, por exemplo, nunca coloque a linha do horizonte exatamente no meio do quadro. Isso tornaria a sua fotografia, absolutamente sem vida, sem um ponto de interesse. Use a regra dos terços e coloque o céu ou o mar, em dois terços do quadro. Depende dos elementos que você pretende valorizar. Na concepção clássica, dos pintores ocidentais acadêmicos, a composição era dividida em primeiro plano, plano intermediário, fundo e céu. A proporção de 1/3 de céu 2/3 de terra ou mar é útil, também para a composição fotográfica, pois a mente humana (ninguém sabe exatamente porque) tem a tendência de considerar essa composição satisfatória e harmoniosa.
Em todas as câmeras podemos ainda escolher a orientação da imagem, seja na horizontal ou na vertical, já que o quadro das câmeras, quase sempre, é retangular. Apesar de ser mais fácil fotografar com a imagem horizontal, vale muitas vezes, à pena experimentar a outra opção, pois o ambiente da fotografia resulta muito diferente. Recomendável evitar erros, comuns, de enquadramento, ao fotografar (um edifício, ou uma árvore, por exemplo), onde o assunto predominante, tem orientação vertical, com o enquadramento do visor da câmera, na posição horizontal. O mais natural seria virar a câmera para a orientação vertical, obedecendo à forma do assunto. Por outro lado, se você que mostrar o mar ou qualquer outra paisagem, a orientação lógica seria a horizontal. Muitos iniciantes, entusiasmados e sem pensar direito, no que estão fazendo, cometem esse equívoco. Às vezes, por pura imitação, porque observaram fotógrafos profissionais, utilizando essa alternativa e o gesto lhes pareceu muito elegante!

24 de abril de 2012

Safaris Fotográficos

Itacoatiaras do Ingá- Ingá-PB                                    ©Guy Joseph
 

Fotografar é muito bom. E, fotografando por prazer e em grupo, é muito melhor ainda! Atividades que tragam a possibilidade de unir fotografia e convívio social são muito bem vindas. Até, para mostrar que existem outras modalidades de lazer, que não seja só, beber cerveja. Nada contra! Sem nenhuma discriminação, é preciso sair do massificante conceito (um verdadeiro e equivocado condicionamento cultural), do consumo de bebidas alcólicas, como única forma de diversão, que se alastrou pelo País. 

Com a revolução da fotografia digital, a difusão do ato de fotografar e a popularização das câmeras digitais, muitas pessoas vêm descobrindo o prazer de fotografar. Junto a isso, temos a possibilidade da criação e desenvolvimento de atividades que visam o incentivo ao uso da fotografia e a inter-relação com outros assuntos, como a preservação do meio ambiente ou o esforço para a conservação do nosso riquíssimo e, quase sempre, abandonado patrimônio histórico. O objetivo é insentivar a captura de imagens, em expedições a parques ou locais onde a natureza possa e esteja sendo preservada. Posso garantir que é bem melhor do que o predador esporte da caça. E a natureza, com certeza, agradece. Por conta disso, já existem concursos fotográficos, para amadores e profissionais, cujos temas, são a natureza e sua cobertura vejetal ou os pássaros, em seu habitat natural. 

A minha experiência, como participante de diversos Safaris Fotográficos, onde a minha atuação se dá como instrutor de fotografia, posso dizer que, o resultado tem sido surpreendentemente gratificante para todos os envolvidos, nesses eventos fotográficos. Eu mesmo, além de estar difundindo e transmitindo meus modestos conhecimentos fotográficos (com muita satisfação), tenho aprendido muita coisa, no convívio com as pessoas, com as quais tenho tido a oportunidade de conhecer. Para mim, tem sido uma rica experiência humana. Um excelente exemplo, são os clubes de jipeiros, que se organizam em passeios e trilhas, curtindo o prazer de dirigir, antigos e recuperados Jeep's. Quase todos os participantes desse tipo de passeio, levam suas máquinas ou celulares com câmeras, para registrar as imagens do alegre e divertido encontro.
Mas, porque esse tipo de atividade e lazer é importante? Em primeiro lugar, porque a grande maioria dos cidadãos não tem conciência e conhecimento ou  não se importa com sua história ou com o patrimônio público. Por isso é que tantas áreas de convívio social são pichadas e depredadas. Fazer com que as pessoas reflitam através das imagens que vão ser captadas mostradas e até expostas, em ambientes públicos, é uma pequena contribuição de nossa parte para a conservação desses locais. Um segundo ponto importante, com relação ao patrimônio histórico, é mostrar que ele existe e que precisa ser conhecido e protegido. E por último, mas não menos importante, a coisa toda é muito divertida! Essa categoria de atividade tem se espalhado com muita frequência por várias partes do Brasil. Se você gosta de fotografia e tem espírito de desafio e aventura, então essa é sua praia. Chame a turma, para organizar o seu próprio Safari Fotográfico!

29 de fevereiro de 2012

Que Câmera Fotográfica Escolher?

Praia da Penha-PB, vista do alto de sua escadaria.   ©Guy Joseph

O mercado de fotografia de hoje dispõe de inúmeros tipos de câmeras fotográficas digitais, o que pode tornar difícil a escolha, por parte do fotógrafo de primeira viagem. Por conta disso, antes de sair para comprar uma câmera fotográfica procure definir qual será a sua principal utilização. Se o seu objetivo  é fotografar cenas domésticas, viagens familiares, as gracinhas do Totó ou diversas outras situações simples, não haverá a necessidade de arriscar o seu precioso dinheirinho, numa câmara muito sofisticada e cara. Porém, se as suas intenções fotográficas, são sérias, considere a possibilidade de adquirir uma câmera fotográfica Reflex (DSLR).
Câmeras compactas para iniciantes
Antigamente a forma mais comum de classificar uma câmera fotográfica era através da sua resolução ou contagem de megapixéis, mas, atualmente a quantidade de megapixéis já não determina a qualidade da câmera fotográfica. Atualmente, a grande maioria das câmeras compactas dispõem de megapixéis elevados, garantindo uma boa qualidade nas cópias e ampliações. As câmeras para iniciantes são pequenas, fáceis de utilizar e têm um menor custo, podendo oferecer, no entanto,  excelentes e surpreendentes resultados. Possuem um zoom normalmente de três vezes superior ao ângulo de abertura de seu diafragma, além de incorporar um pequeno e eficiente flash.
Câmeras compactas modernas
A câmara fotográfica compacta moderna é elegante, pequena e com acabamentos excelentes que imitam o metal. A capacidade destas câmeras é comparável às compactas para iniciantes mas são mais caras devido ao sei design. Quando for comprar, uma dessas, preste muita atenção ao seu tamanho porque pode ser pequena demais para o tamanho das suas mãos. Existem muitos modelos à prova de água nesta categoria.

Câmeras “prosumer”
A partir de um dos principais pilares da Web - a participação e interatividade – surgiu a expressão “prosumer”. A construção desse termo se deu a partir da contração de dois outros termos; “Producer” com “Consumer”. Dessa forma, um prosumer é um “Produtor Consumidor”. Parece bastante contraditório o fato de alguém poder produzir e consumir algo ao mesmo tempo – no caso da Internet informação e conteúdo -, mas não é. Assim, um prosumer consome informação e produz conteúdo de alta qualidade. A câmera fotográfica que carrega a denominação de prosumer apresenta resultados profissionais mas a sua resistência, durabilidade e acessórios não o são. Podem fazer trabalhos profissionais desde que não sejam muito exigentes com os resultados. Mas, são compactas, leves e aceitam uma vasta lista de acessórios, além de proporcionarem uma ótima relação preço/qualidade.
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Câmeras Reflex ou DSLR
Reflex ou DSLR (Digital Single Lens Reflex) são câmeras em que a lente, ou mais precisamente, a objetiva é intercambiável, ou seja, é possível dispor de objetivas específicas para cada situação. O enquadramento da imagem é feito através das próprias objetivas. Existe um espelho que reflete a imagem captada pelas objetivas, passando por um prisma, até o visor, o que garante ao equipamento uma maior precisão, pois o que está enquadrado será o que realmente sairá na fotografia. Por uma questão de fidelidade à verdade, as câmeras Reflex ou DSLR, com sensor menor que um filme de 35mm, perdem alguma informação do enquadramento. O resultado do que você viu e o que foi registrado, é um pouco diferente, devido ao tamanho reduzido do sensor dessas câmeras. Apenas as DSLR com sensor Full Frame, podem garantir a fidelidade e precisão, do enquadramento.
De uma maneira geral possuem mais recursos e permitem operações em modo manual, o que dá ao fotógrafo um total controle da fotografia.

28 de fevereiro de 2012

Itacoatiras do Ingá

Detalhe das inscrições rupestres, no monólito, das Itacoatiaras do Ingá. ©Guy Joseph

Sítio arqueológico das Itacoatiaras do Ingá - Ingá do Bacamarte-PB   ©Guy Joseph

Ao chegar pela primeira vez, ao local das Itacoatiaras do Ingá, me pego contemplando as inscrições rupestres, de que tanto já ouvira falar e ver (através de fotos, de outros fotógrafos). Me flagro, sem saber por onde começar. Afinal de contas, milhares de pessoas e fotógrafos, inclusive,  já fizeram imagens da Pedra do Ingá... o que poderia eu, estar fazendo de novo? Que anglo surpreendente ou que recursos poderiam ser utilizados, para fazer a diferença, com imagens de um assunto, já tão divulgadas e conhecidas de todos?
Sentado em cima da pedra, comecei a olhar com mais atenção, ao cenário em volta... é isso, o cenário! Poucos devem ter prestado maior atenção à paisagem em volta, fascinados pelo mistério das inscrições.
O cenário onde se situa o monólito da Pedra do Ingá é cercado de muitas pedras menores, como se estas, tivessem se fragmentado, de um grande bloco. Tudo é intrigante, nessa paisagem! O rio Ingá, em queda, sobre as rochas, se aloja em locas, formando pequenos lagos. Depois corre solto em seu curso e destino. A vegetação rústica, a tudo assiste e resiste, ao sol, ao clima e ao solo, que não a favorece. Há uma sensação de desolação na paisagem.
Ponho-me a fotografar, deixando de lado as inscrições da Pedra do Ingá, procurando descobrir o que poderia ter acontecido, por ali, há centenas de milhares de anos. E deixo a minha imaginação viajar ao passado, afinal das contas, muito se pesquisou, muitas teorias foram formuladas e até hoje, não se chegou a um resultado incontestável... deixo a fantasia se desenvolver, livre, onde visualizo um imenso bloco erguido como um gigantesco obelisco, sendo reverenciado pelos nativos, primitivos. E que, um dia, por conta de movimentos de terra, a pedra tombou, fragmentando-se e espalhando milhares de pedaços, ao redor. As águas, cheias, os ventos ou outros eventos climáticos, trataram de cuidar do resto... pode ser que a minha imaginação tenha me levado ao exagero, de uma verdadeira alucinação, mas que, naquele instante, me proporcionou momentos de fascínio, enquanto registrava com minha câmera fotográfica, as mais estranhas e perfeitas formas, esculpidas nas rochas, que compõem o sítio arqueológico das Itacoatiara do Ingá.